Energia em Foco - Contribuição da Itaipu para o Desenvolvimento do Brasil e do Paraguai - Jorge Miguel Samek
Diretor-geral de Itaipu ministra palestra da FGV Energia
Diretor-geral da Usina de Itaipu, Jorge Miguel Samek ministrou no dia 28 de setembro, a palestra “Contribuição da Itaipu para o Desenvolvimento do Brasil e do Paraguai”, na Fundação Getulio Vargas. O evento fez parte do programa Energia em Foco, realizado pela FGV Energia.
Na ocasião, o diretor apresentou os principais dados sobre a usina, explicando o contexto de sua construção, em 1975, falando também de sua missão, que é gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e Paraguai. Ele ressaltou também a importância da instituição como integradora regional, destacando os principais pontos favoráveis à sua existência: solução definitiva de um conflito de fronteira; engenharia jurídica e arquitetura financeira; modelo de integração com equidade e respeito às assimetrias entre os países; e segurança jurídica do Tratado Binacional de Itaipu, ratificado pelos respectivos congressos.
Outro ponto abordado por Samek foram as boas práticas de sustentabilidade adotadas pela usina, reconhecida internacionalmente pelos programas institucionais, como o “Cultivando Água Boa” – iniciativa socioambiental concebida para o enfrentamento das mudanças climáticas, que põem em risco a sobrevivência humana e estão diretamente relacionadas com a água e seus usos múltiplos (a produção de alimentos e de energia, o abastecimento público, o lazer e o turismo).
O palestrante comentou, ainda, sobre a alta das tarifas de energia vendida pela usina em 2016, que será pressionada pelo fortalecimento do dólar frente ao real. Ele explicou que o cálculo para a definição da tarifa, em 2015, considerou um dólar a 2,60 reais, mas, atualmente, com a moeda norte-americana variando a cotação, nos últimos dias, acima de R$ 4,00, causando impacto direto na tarifa, isso muda. A usina tem até o próximo mês para definir o dólar que será usado para compor o valor da tarifa de 2016.
Para o ano que vem, Samek aposta em uma melhora do regime hidrológico para minimizar o impacto da alta da divisa norte-americana sobre as tarifas. Caso a previsão de melhora se concretize, mais térmicas seriam desligadas e as próprias concessionárias, que têm geração de energia, poderiam ter suas finanças mais equilibradas.
O próximo encontro será no dia 20 de outubro, com a diretora-geral da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Magda Chambriard.