O Informe de Petropolítica desse mês vai discutir o que afeta os preços do petróleo no cenário internacional.

Os  efeitos de curto prazo estão relacionados com a pandemia e como será a recuperação econômica pós-pandêmica. Os EUA estão colocando 1,9 trilhões de dólares em um pacote de recuperação econômica, investindo pesadamente na vacinação da população o que vem restaurando de forma lenta a demanda. A Europa vem tomando as mesmas medidas, de forma menos eficaz, mas também dando sinais de recuperação. Na China a vacinação não tem avançado como esperavam, mas o país tem conseguido controlar a situação com vigilância eletrônica e lockdowns. 

Do lado da oferta a capacidade ociosa da Arábia Saudita ditará o passo e a disciplina do controle artificial proporcionado pela OPEP+. O cartel já vem dando sinais de que deseja aumentar a produção. Se forem rápidos em atender a demanda, os preços se manterão nos patamares que conhecemos hoje, entre 60-65 dólares por barril. Caso não acompanhem, a pressão causada pelo descasamento pode elevar os preços a patamares em torno de 80 dólares, segundo análise da IHS Markit (Carlos Pascual).

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