INCERTEZAS SOBRE A DEMANDA DE PETRÓLEO DISTANCIAM EM MAIS DE 2 MILHÕES DE BARRIS POR DIA OS CENÁRIOS INTERNACIONAIS ATÉ 2025.

A Agência Internacional de Energia ressaltou que a influência da demanda da China no mercado internacional de petróleo está diminuindo: no ano passado, o país foi   responsável por 70% do crescimento da demanda global, mas essa participação cairá para cerca de 40% em 2024 e 2025. A OPEP, por sua vez, revisou sua projeção da demanda global de petróleo para baixo, tanto para 2024 quanto para 2025, em virtude do desempenho econômico da China abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2024.

No mercado internacional de petróleo, a Agência Internacional de Energia revisou o crescimento da oferta global de petróleo esperado para 2024. A nova estimativa indica uma expansão de 770 mil bbl/d do volume de petróleo ofertado ao mercado, alcançando oferta média de 102,9 MMbbl/d. Para 2025, a OPEP também manteve a projeção de oferta dos países não-OPEP+, em 54,06 MMbbl/d, no qual a China pode ter uma produção de 4,6 MMbbl/d, que será proveniente, em sua maioria, das atividades de Exploração e Produção (E&P) offshore concentrada nas companhias CNOOC e Sinopec. Na seção “de olho no mercado”, a aquisição da Hess pela Chevron pode ser adiada para 2025, devido ao adiamento da audiência de arbitragem internacional entre Chevron e ExxonMobil sobre a participação no bloco de Stabroek, na Guiana

No mercado nacional de petróleo, a produção de petróleo alcançou 3,4 MMbbl/d em junho de 2024, o que representou um aumento mensal de 2,7%. A produção do Pré- Sal correspondeu a 2,682 MMbbl/d, representando 78,7% da participação da produção brasileira, neste mês. A produção brasileira de gás natural apresentou um crescimento de 5% no mês de junho, atingindo 150 MMm3/d de volume produzido. A oferta permaneceu equilibrada, sem variações significativas. As importações do energético apresentaram um aumento mensal de 35%.

A safra de cana-de-açúcar 2024/2025 registrou uma moagem de 476,8 milhões de toneladas até junho de 2024, com um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pela antecipação da colheita e condições climáticas favoráveis, mas com possível impacto negativo do clima seco. A produção total de etanol em junho de 2024 foi de 4,7 bilhões de litros, um aumento de 11% em relação ao mês anterior, sendo 1,8 bilhão de litros de etanol anidro e 2,9 bilhões de litros de etanol hidratado

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