No Informe O&G e Biocombustíveis de março de 2025, destacamos a pressão para baixo exercida das tarifas comerciais sobre os preços do petróleo enquanto o mercado se aproxima da sobreoferta. O “tarifaço” é um fator para a redução dos preços em uma situação de ofertademanda, com ganhos de estoque esperados até 2026 devido ao crescimento da oferta nãoOPEP+ e liberação das cotas da OPEP+, além da desaceleração da demanda impactado pela conjuntura macroeconômica de juros elevados.
No mercado brasileiro de petróleo, a produção nacional atingiu 3,446 MMbbl/d em fevereiro de 2025, praticamente estável em relação a janeiro e sem variações significativas na comparaçãocom o mesmo período do ano anterior. No mesmo mês, a ANP publicou novas regras para incentivo ao conteúdo local (CL) em projetos O&G, com base na Lei nº 15.075/2024. Entre as principais mudanças está a possibilidade de transferir excedentes entre contratos vigentes, inclusive da Rodada Zero.
No mercado nacional de biocombustíveis, a ANP definiu as metas individuais de CBIOs para 2025, distribuindo a meta definida pelo CNPE de 40,39 milhões de créditos entre 160 distribuidoras, conforme sua participação de mercado em 2024. Com ajustes por pendências anteriores e contratos encerrados, a meta consolidada totaliza 49,36 milhões de CBIOs, a serem aposentados até 31 de dezembro de 2025.
Nos destaques da transição energética, o Brasil iniciou, ao final de fevereiro, as reuniões de energia dos BRICS com o objetivo de discutir temas como a governança da cooperação em energia. Na agenda de transição, a presidência brasileira sugeriu a promoção de workshops sobre os temas de: Financiamento, Resiliência dos sistemas elétricos e descarbonização do setor de óleo e gás. Na seção “de olho no mercado”, empresas de O&G europeias recuam suas metas climáticas, alegando dificuldades para cumprir as ambiciosas metas e transição para produção de fontes de energia sustentáveis.
Boa leitura!