O mês de março foi marcado por chuvas abaixo da média histórica na maior parte do Brasil, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Essa escassez hídrica impactou diretamente a Energia Natural Afluente, que representa a quantidade de água disponível para geração hidrelétrica.

As projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico indicaram que, no cenário mais pessimista, a ENA do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre março e agosto de 2025 poderia atingir apenas 66% da Média de Longo Termo (MLT), representando a menor marca da série histórica de 95 anos. No entanto, o setor elétrico brasileiro manteve condições favoráveis, refletindo-se na continuidade da bandeira tarifária verde, o que garantiu aos consumidores a ausência de custos adicionais nas contas de energia.

Por fim, o Preço de Liquidação das Diferenças, que reflete o custo da energia no mercado de curto prazo, apresentou variações significativas em março. Enquanto nas regiões Norte e Nordeste o PLD permaneceu no piso regulatório de R$ 58,60/MWh, no Sul e Sudeste os preços médios atingiram R$ 344,25/MWh, refletindo a menor disponibilidade hídrica e o aumento da demanda.

Fontes: ANEEL, ONS, CCEE e Cenário Energia.

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