Em outubro de 2025, o setor elétrico brasileiro foi influenciado pelo avanço de frentes frias típicas da primavera, que aumentaram as precipitações em várias regiões. Houve chuvas acima da média na bacia do rio Madeira, nas partes baixas das bacias do Tapajós e Xingu e na área incremental de Itaipu, enquanto as demais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN) permaneceram com volumes inferiores à climatologia.

Apesar desse comportamento mais favorável da pluviometria, o volume acumulado ainda não foi suficiente para normalizar as condições hidrológicas. Por esse motivo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) manteve para outubro a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. A decisão está relacionada à necessidade contínua de uso de usinas termelétricas, acionadas quando a geração hidrelétrica se mantém abaixo do esperado e exige suporte adicional para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda.

No mercado de curto prazo, os preços da energia registraram redução em relação ao mês anterior, com recuo médio próximo a 10% nos submercados. O PLD médio fechou em R$ 250,19/MWh no Sudeste/Centro-Oeste e R$ 250,18/MWh no Sul, enquanto o Nordeste apresentou R$ 218,37/MWh e o Norte, R$ 249,40/MWh. Mesmo com a queda, os valores permaneceram relativamente elevados, influenciados pela hidrologia ainda limitada e pelo despacho térmico mais frequente. Esses resultados refletem o início da recuperação gradual das afluências, ainda de forma desigual entre as bacias, durante a transição para o período chuvoso.

Fontes: ONS, CCEE e ANEEL.

Veja também: