A FGV Energia apresenta seu novo formato de Informe, que objetiva acompanhar e analisar a conjuntura do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis em três seções: I. Petropolítica e Mercado Internacional; II. Mercado Brasileiro; e, III. Transição Energética.
Nesta primeira edição (janeiro-fevereiro 2023), o informe de “Óleo, Gás e Biocombustíveis” analisa as projeções de oferta e demanda global para 2023.
A oferta de petróleo será impulsionada pela produção não-OPEP, dentre eles Brasil, Canadá, Cazaquistão, Estados Unidos e Guiana com um crescimento estimado em 1,5 MMbbl/d. A demanda global será puxada pelo mercado asiático, sendo a China a principal variável a impactar o mercado de petróleo. No mercado de gás, a União Europeia registrou US$20/MMBTU em janeiro de 2023, sendo o menor valor desde agosto de 2021, mas permanecem incertezas quanto ao abastecimento para o inverno 2023/2024.
No contexto nacional, a produção de petróleo bateu o recorde de 3,02 MMbbl/d em 2022. No mercado de biocombustíveis, a produção acumulada do etanol na safra 2022/2023 contraiu 1% em relação a anterior, mas as projeções da EPE para 2032 indicam crescimento da oferta de etanol de milho e da cana-de-açúcar, viabilizando o crescimento das exportações.
No lado da demanda, a venda de combustíveis para as distribuidoras cresceu 3%, em 2022, à despeito da queda do etanol anidro (-15%), etanol hidratado (-20%) e biodiesel (-9%). No âmbito dos CBIOs, estes evitaram a emissão de 3,1 milhões de toneladas de CO2 sob preço médio mensal de R$87,4.
Por fim, foram levantados diferentes cenários de Transição Energética para 2023, a partir das contribuições da IEA, BP e EPE. No âmbito nacional, estima-se que até 2050 as fontes renováveis podem participar em pouco mais de 70% do cenário de neutralidade brasileiro, com a expansão do uso de biocombustíveis pelos transportes.