O preço Brent do petróleo aumentou pelo terceiro mês consecutivo, atingindo US$ 85,41 em março de 2024. A EIA estima aumento nos preços do petróleo em expectativa de elevada retirada de volumes em estoques globais no 2º trimestre de 2024, acompanhado dos riscos geopolíticos vigentes. Diante desse cenário de instabilidade devido ao acirramento das tensões no Oriente Médio, extensão dos cortes de produção da OPEP+ no período que coincide as estações de maior consumo de combustíveis no Hemisfério Norte e a oferta estável, os preços de petróleo seguirão em alta em 2024, com a tendência de acomodação em 2025, quando se espera que os cortes da OPEP+ se expirem.

No Brasil, os impactos da alta nos preços do petróleo são sentidos nos combustíveis, já que os preços médios de Óleo Diesel A e de Gasolina A operaram abaixo da paridade internacional em todos os polos analisados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abi[1]com) ao final de março, apresentando defasagem média de -8% e de -16%, respectivamente. Em relação ao final do mês anterior, quando a defasagem da Gasolina A foi de apenas -1%, há a tendência de valorização desse combustível no mercado internacional e, com efeito, pressão para reajuste dos preços da Petrobras.

No mercado de biocombustíveis, destaca-se que os resultados da safra de cana-de-açúcar 2023/2024 na região Centro-Sul proporcionaram à produção nacional de etanol uma alta de 15% no acumulado até fevereiro de 2024 comparado à safra anterior. Porém, a perspectiva é de uma redução de 33,5 bilhões de litros na temporada que está se encerrando para 30,4 bilhões de litros para a nova safra 2024/2025, embora não impacte a demanda nacional de etanol.

No RenovaBio, o prazo para o cumprimento das metas de descarbonização em 2023 pelas distribuidoras de combustíveis se encerrou em março de 2024. As distribuidoras aposentaram 33,1 milhões de CBIOs, correspondendo a 81% das metas individuais, ou seja, não houve o cumprimento integral das metas estabelecidas pelo CNPE. Das 145 distribuidoras com metas em 2023, 74 as cumpriram integralmente, 7 aposentaram CBIOs em quantidade igual ou superior a 85% da meta após terem cumprido integralmente a meta anterior, 9 aposentaram menos de 85% da meta, e 55 não aposentaram.

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