No informe de Petropolítica de maio da FGV Energia, o destaque fica, sem dúvida, para o relatório lançado pela Agência Internacional de Energia Road Map to Net Zero 2050, que sacudiu todo o setor petrolífero mundial e está influenciando os novos posicionamentos estratégicos das majors.
Nele, a agência explora um roteiro para o setor energético global alcançar emissões líquidas zero até 2050 assumindo um papel fundamental no compromisso climático de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, já que corresponde a três quartos das emissões de GEE. Portanto, para neutralizar as temissões, a IEA defende a concentração dos investimentos em energias renováveis, com crescimento dos atuais US$ 2 trilhões para US$ 5 trilhões anuais até 2030, para que em 2050 representem 90% da geração elétrica.
Dentre as 400 iniciativas propostas pela agência, estão: interromper a venda de motores de combustão interna e as atividades exploratórias em novos poços de petróleo até 2035. Com isso, todos os investimentos no setor upstream de óleo e gás seriam alocados nas operações de campos já existentes, somando em torno de US$ 170 bilhões por ano, muito abaixo dos anuais US$ 350 bilhões previstos até 2030 (IEA, 2021).