O Informe de Petropolítica analisa a decisão da OPEP+ em reduzir as cotas de produção de petróleo, a fim de valorizar os preços do barril em meio ao cenário de enfraquecimento da demanda no quarto trimestre de 2022. Por outro lado, o crescimento da produção nos Estados Unidos, a continuidade da liberação de estoques estratégicos ao mercado e a decisão judicial contrária ao congelamento de licenças exploratórias em terras federais, à despeito da agenda climática do governo Biden. 

Destaca-se também a ação da Rússia para expandir o fretamento de petroleiros, buscar novas seguradoras e encontrar parceiros comerciais alternativos com o avanço da decisão do G7 em estabelecer o teto de preços e o início efetivo das sanções da União Europeia. No mercado de gás, a UE atingiu um nível de 90% em estoques, antecipando e superando a meta do RePower EU, devido à sinalização dos preços TTF, a queda de demanda industrial e a troca de gás por petróleo na demanda termelétrica.  

Na seção transição energética, a Organização Internacional da Aviação Civil definiu a meta LTAG de emissões zero-líquido em 2050 por meio da produção de combustível de aviação sustentável (SAF) e mecanismos de compensação como o CORSIA. Estamos de olho no acordo histórico sobre a fronteira marítima entre Israel e Líbano e seu impacto à produção de gás offshore, e o comissionamento do gasoduto Baltic Pipe, permitindo fluxo de gás da Noruega até a Polônia via Dinamarca, capaz de garantir segurança no abastecimento e a transição do carvão para o gás.

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