No Informe O&G e Biocombustíveis, de outubro de 2024, destaca-se o resultado das eleições nos Estados Unidos, cujas implicações com o novo governo de Donald Trump poderão ter reflexos ao mercado internacional de petróleo a partir do aumento esperado na exploração de hidrocarbonetos no país.
Na seção Petropolítica, levantamento da FGV Energia indica que ao menos 22 infraestruturas energéticas na Ucrânia foram atingidas por ataques aéreos russos desde o advento do conflito em 24 de fevereiro de 2022. Por consequência, os ataques provocaram interrupções no fornecimento de energia e a destruição de ao menos 80% das usinas termoelétricas e 1/3 das usinas hidrelétricas.
No mercado de petróleo, a previsão sobre o crescimento da oferta global em 2024, segundo a IEA, se manteve em 660 mil bbl/d e o crescimento esperado para 2025 foi revisado de 2,1 para 2,0 MMbbl/d. O volume representa uma contração da oferta de petróleo por parte dos países da OPEP, que são compensados por ganhos de 1,5 MMbbl/d na produção dos países não-OPEP, em que o continente americano será responsável por 80% dos ganhos.
No Brasil, a produção de petróleo e gás natural no Pré-Sal atingiu um recorde de 3,681 milhões de barris de óleo equivalente por dia, representando 81,2% da produção nacional. O gás natural registrou um aumento nas importações de 134% em relação a setembro de 2023, enquanto a reinjeção cresceu 14% comparada a agosto, com o maior volume já registrado para o mês. Cerca de 55% do gás produzido foi direcionado ao mercado consumidor.
Em transição energética, os investimentos em data centers têm aumentado devido ao acelerado desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA), digitalização, criptomoedas, transformação da economia e aumento do uso de redes de dados móveis. No caso da IA, a complexificação da tecnologia, com a adição de parâmetros mais sofisticados, demandará quatro ou cinco vezes mais energia do que uma plataforma de busca tradicional.