No Informe O&G e Biocombustíveis, de setembro de 2024, destaca-se o consenso articulado sob a liderança do Brasil na declaração conjunta da cúpula de ministros de energia do G20. O documento reitera o compromisso dos países do G20 em acelerar transições energéticas, que sejam Justas, Acessíveis, Limpas e Sustentáveis, abrangendo especialmente as pessoas em situações de vulnerabilidade.
No mercado de petróleo, os países da OPEP+ que aplicam voluntariamente cortes de produção para além das cotas oficiais decidiram pela extensão por dois meses dos cortes que somam 2,2 MMbbl/d. A decisão indica a necessidade de tempo adicional para avaliar as condições de mercado, após anunciarem que a descontinuidade gradual e faseada poderia ser pausada ou, até mesmo, interrompida de acordo com as condições vigentes. O crescimento da demanda global de petróleo esperado para 2024 e 2025 resulta um total aproximado de 104 MMbbl/d. Em ambos os anos a demanda deve crescer pouco abaixo de 1 MMbbl/d, volume aquém da expansão de 2,1 MMbbl/d registrada somente em 2023. A principal motivação permanece o desempenho econômico e seus impactos sobre o consumo de petróleo na China, que deve crescer apenas 180 mil bbl/d neste ano, contrastando com o desempenho de 1 MMbbl/d em 2023.
No Brasil, alguns avanços regulatórios para o mercado de gás se sucederam com a criação do Comitê de Monitoramento do Setor de Gás Natural (CMSGN), que visa coordenar e supervisionar políticas públicas no setor com o objetivo de acelerar a solução de questões prioritárias para o mercado. O Caderno de Gás Natural do PDE 2034 estima que a demanda nacional de gás deve crescer 69% até 2034, impulsionada pelo consumo de termelétricas, e pelos setores industrial, comercial e residencial, com aumento de 37,5%. A produção total deve alcançar 314 MMm³/dia, mas a oferta líquida para o mercado será de 134 MMm³/dia.
No mercado de CBIOs, apenas 22% da meta anual foi cumprida com a aposentadoria de 10,18 milhões de CBIOs entre abril e setembro de 2024. Portaria do MME reduziu em 5% a meta de CBIOs para 2025, sendo 45% inferior à meta inicial estipulada em 2019.
Boa leitura!