FGV Energia divulga novo boletim de análise conjuntural do setor
Fonte: Fgv Notícias
A edição de junho do Boletim de Conjuntura Energética da FGV Energia traz duas colaborações exclusivas. Eloi Fernández y Fernández (diretor geral da ONIP - Organização Nacional da Indústria do Petróleo) propõe uma agenda mínima para destravar os investimentos no setor de petróleo, e Olga Simbalista (engenheira eletricista e nuclear) expõe os desafios pelos quais passa o setor elétrico brasileiro atualmente.
A produção diária de petróleo em abril de 2016 foi de 2.290 mil barris, 1% superior à produção de março, que foi de 2.264 mil bbl/dia, e 8% superior à de abril de 2015. A produção do pré-sal, oriunda de 56 poços, foi de 801,3 Mbbl/d de petróleo, totalizando 994,9 Mboe/d. Segundo a U.S Energy Information Administration, a média de preços do óleo tipo Brent aumentou U$5 por barril (/b) em maio na comparação com abril, alcançando US$ 47/b, a maior média desde outubro de 2015. O aumento de interrupções na oferta global foi o principal motivo para a subida de preços em maio. A ampliação da demanda global e a queda do número de poços em produção nos EUA também contribuíram para o aumento.
A produção nacional bruta de gás natural (GN) no mês de abril registrou 95,77 MMm³/dia, com aumento de 5,99% no mês. O mesmo foi observado na oferta de gás nacional ao mercado (produção líquida), que atingiu 47,96 MMm³/dia após um aumento de 14,41% com relação a março. Do lado da demanda, o consumo teve um aumento discreto de 1,54%, o primeiro depois de cinco quedas mensais consecutivas, atingindo 77,23 MMm³/dia. As importações de gás natural no mês de abril foram de 33,26 MMm³/dia, o menor valor dos últimos 12 meses, após uma queda de 11,31% no mês. O gás foi distribuído ao consumidor industrial a um preço entre 11,30 US$/MMBTU e 14,05 US$/MMBTU. Para a distribuidora, houve alta de 3,87% no preço do gás no citygate, comercializado a 5,94 US$/MMBTU. No cenário internacional, os preços seguem em queda, com exceção do mercado americano onde oHenry Hub (HH) registrou alta de 11,46% no mês de abril. Os mercados asiático e europeu tiveram queda de 9,76% e 2,69%, respectivamente.
No setor elétrico, a Energia Natural Afluente, que representa disponibilidade hídrica, recuou 11,71% em relação ao mês anterior em todo Sistema Interligado Nacional (SIN). A demanda total recuou significativamente, 8,71%, conjuntamente, com a geração total de energia, 8,54%, ainda na comparação mensal. A Energia Armazenada de todo o sistema também recuou, 1,77%, com o fim do período de chuvas.
Em março de 2016, houve queda de 3,86% no consumo industrial do país. Apesar disso, houve no mercado livre um aumento de 0,79% no consumo industrial, o que indica uma migração das empresas para este mercado. As liquidações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) estão sendo retomadas e dois leilões de reserva estão previstos para julho e outubro. O leilão de transmissão realizado em abril, terá sua segunda fase no mês de agosto.