FGV Energia divulga novo boletim de conjuntura do setor energético

A edição de setembro do Boletim de Conjuntura Energética da FGV Energia discute, em seu editorial, o novo plano de negócios da Petrobras no setor de gás para o período 2015-2019. A coluna de opinião, escrita por Pedro Jatobá, superintendente da Eletrobras, discute a integração elétrica regional na América do Sul e o papel do Brasil na sua evolução.

A produção diária de petróleo em julho de 2016 foi de 2.666 mil barris, 4% superior à produção de junho, que foi de 2.558 mil bbl/dia, e 4,5% superior a de julho de 2015. A produção do pré-sal, oriunda de 65 poços, foi de 1.060,4 Mbbl/d de petróleo e 40,8 MMm³/d de gás natural, totalizando 1.316,9 Mboe/d. Segundo a U.S Energy Information Administration, a média de preços do óleo tipo Brent recuou US$ 3/b em relação à média de junho, chegando a US$ 45/b, sendo esta a primeira queda após cinco aumentos consecutivos. Em relação ao preço dos principais derivados de petróleo, os preços de realização interna continuam superiores aos de referência internacional, com maior diferença nos preços da gasolina e do óleo diesel.

A produção nacional bruta de gás natural atingiu novo recorde histórico no último mês de julho, registrando uma produção de 107,17 MMm³/dia. Por outro lado, em decorrência da alta no nível de reinjeção - maior valor registrado não apenas nos últimos 12 meses, mas superior também a média dos últimos seis anos - a oferta nacional de gás natural se manteve estável. Dado um consumo total que foi inferior em 3,61 MMm³/dia em relação ao mês anterior, o saldo em importação apresentou leve queda de 4,61%. Essa queda no consumo de gás natural se deu sobretudo em virtude da queda de 6,07% e 2,24% nas classes Industrial e de Geração Elétrica, respectivamente. Já em relação aos preços, tanto no mercado nacional, quanto nos mercados internacionais, foi possível observar alta. No mercado nacional os preços do gás das distribuidoras para o setor Industrial variaram entre 12,02 US$/MMBTU e 13,96 US$/MMBTU e foram cotados a 6,01 US$/MMBTU no citygate e 4,05 US$/MMBTU no PPT. Já nos mercados internacionais os preços atingiram 2,79 US$/MMBTU no Henry Hub, 4,51 US$/MMBTU na Europa e 6,32 US$/MMBTU no Japão.

No setor elétrico, a disponibilidade hídrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), representada pela Energia Natural Afluente, aumentou em 24,75% em relação a agosto de 2015, devido aos resultados positivos verificados na Região Sudeste e Sul. Em agosto, a média de Longo Termo – MLT do Sudeste alcançou 105,06%, sendo isso positivo uma vez que esta região possui a maior capacidade de armazenamento hidráulico. A geração de energia em todo o SIN na comparação mensal cresceu 2,29%, com destaque para a energia térmica que aumentou 17,14% para compensar a queda de 1,03% na energia hidráulica e o aumento de apenas 1,81% da energia eólica. A Energia Armazenada de todo o sistema recuou 9,82% com o fim do período de chuvas, porém apresentou um aumento de 24,12% em relação ao ano hidrológico anterior.

A geração total de energia elétrica registrou, em junho de 2016, aumento anual de 1,11% e uma redução mensal de 1,24%. A geração térmica convencional apresentou redução anual de 40,45%, muito em função da queda anual de 52,24% da geração por térmicas a gás natural. A geração hidráulica teve aumento anual de 15,15% e a geração por fontes alternativas teve incremento anual de 6,48%, sendo a geração por fonte eólica a de maior destaque com aumento de 62,85% em relação ao mês de junho do ano anterior. O consumo de energia elétrica em relação a junho de 2015 apresentou crescimento no setor residencial (3,52%) e no setor outros (4,65%). O setor industrial e o setor comercial na comparação anual registraram respectivamente quedas de 3,45% e 1,74% no seu consumo de energia elétrica. No mercado livre, quase todos os setores aumentaram o seu consumo de energia em relação ao ano anterior, com exceção de Extração de Minerais Metálicos e Transporte. O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) médio mensal na comparação com o mês anterior cresceu nos subsistemas Norte (N) e Nordeste (NE). Na comparação anual, todos apresentaram quedas: Sudeste (SE) e Centro-Oeste (CO) tiveram redução de 84,89%, N teve redução de 74,80%, NE de 70,77% e Sul (S) de 86,16%. Em relação à liquidação financeira referente a junho de 2016, realizada em agosto, apenas R$ 570 milhões dos R$ 2,53 bilhões contabilizados foram liquidados.

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