FGV reúne especialistas e lideranças em seminário sobre segurança energética no Brasil
No dia 2 de junho, o Instituto Brasileiro de Economia (FGV/IBRE), a FGV Energia e a revista Conjuntura Econômica promoveram o IV Seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira – um dos principais fóruns para o debate e divulgação sobre a questão energética no país na atualidade. Nesta edição, o objetivo foi aprofundar as discussões sobre planejamento, segurança energética e as perspectivas para área, e contou com a participação de especialistas, lideranças governamentais e empresariais do setor.
Durante todo o dia, quatro painéis trataram do cenário político, das perspectivas e estratégias do mercado do setor elétrico, de petróleo e gás, e da segurança energética através do uso de térmicas e fontes alternativas. A abertura oficial do evento foi realizada pelo vice-presidente da FGV, Sergio Franklin Quintella, e a primeira apresentação do seminário ficou por conta da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster – que defendeu a política de conteúdo local para o setor de óleo e gás.
A importância do pré-sal
De acordo com Maria das Graças Foster, a política de conteúdo local não é obstáculo para a exploração do pré-sal. “É um investimento para desenvolver a indústria de bens e serviços no Brasil e quem é do setor de petróleo sabe a vantagem que é ter a indústria naval e offshore brasileira se recuperando”, disse.
A presidente da Petrobras destacou, ainda, que a produção de petróleo no pré-sal respondeu por 22% do volume total extraído pela empresa no Brasil em maio, e que a estimativa é de que o país Brasil exporte 1,8 milhão de barris de petróleo por dia entre 2020 e 2030, graças à exploração da camada. “Temos que atender às demandas. Existem outras fontes de suprimento, mas o petróleo ainda carregará o Brasil por muito tempo, e o mundo”, lembrou.
Risco de déficit de energia diminui
O secretário-executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, afirmou no evento que o sistema está voltando à normalidade após um fraco regime de chuvas nos meses de janeiro e fevereiro – o que diminui riscos de déficit de energia. “Os patamares de vazões têm sido bem melhores daqueles que ocorreram em janeiro e fevereiro. Houve uma melhora desse quadro e o risco diminui", explicou.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, concorda que o cenário está mais positivo, mas não descarta as térmicas no momento. "O modelo indica que até podem ser desligadas algumas térmicas. Nós, por precaução, provavelmente, não vamos desligar. Mas é um sinal de que está melhorando", ressaltou.
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, também demonstrou cautela. "Maio e junho continuam com intensidade de chuva na região Sul e chuvas próximas à média na região Sudeste. Mas enquanto isso não se configurar, não estamos contando com isso para o cenário operativo", disse.
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Durante o evento, representaram a FGV o presidente da instituição, Carlos Ivan Simonsen Leal, o vice-presidente Sergio Franklin Quintella, o vice-presidente Francisco Oswaldo Neves Dornelles, o conselheiro Lindolpho de Carvalho Dias, o diretor-executivo da FGV Energia, Carlos Otavio Quintella, o diretor do FGV/IBRE, Luiz Guilherme Schymura, o diretor internacional da FGV (FGV/DINT), Bianor Cavalcanti, o diretor de Planejamento Estratégico e Inovação (FGV/DPEI), João Paulo Villela, o diretor de Operações (FGV/DO), Mario Rocha Souza, o diretor do Instituto de Desenvolvimento Educacional (FGV/IDE), Rubens Mário Wachholz, o diretor de Análise de Políticas Públicas (FGV/DAPP), Marco Aurélio Ruediger, o vice-diretor de Análise de Políticas Públicas (FGV/DAPP), Rogério Sobreira, o pesquisador do IBRE Maurício Canêdo, e o superintendente de Comunicação e Divulgação do IBRE, Claudio Roberto Conceição.
Além de Maria das Graças Foster, Márcio Zimmerman, Maurício Tolmasquim e Hermes Chipp, participaram dos debates o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Helder Queiroz Pinto; o diretor superintendente da Votorantim Energia, Otávio Rezende; o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e do Comitê de Cooperação Empresarial da FGV, João Carlos de Luca; o presidente da Statoil Brazil, André Jacques de Paiva Leite; o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Júlio Bueno; o presidente do Conselho de Energia do Sistema Firjan, Armando Guedes Coelho; o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva; o diretor de Etanol da Petrobras Biocombustível, Milas Evangelista de Sousa, entre outros.
O IV Seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira teve patrocínio do Senai, da Statoil, da Chevron, Tractebel energia, Votorantim Energia e apoio institucional da Compactor.